O Eu Amoroso
A capacidade de amar começa com a capacidade de amar a si mesmo. Sem o amor por si mesmo é impossível amar de fato outro ser humano. A pessoa cheia de vergonha, de medo e de culpa e com pouca auto-estima sempre estará em conflito consigo mesma e , portanto, com o mundo. Essa questão tão essencial do amor por si mesmo tem de ser tratada.
A humanidade tende a tentar contornar certas áreas difíceis mediante a repressão insalubre dos sentimentos, que na verdade precisam ser curados. Isso é bem verdadeiro no tocante ao amor. Como o ego negativo tenta enganar você para fazê-lo ter a falsa impressão de que está agindo a partir de um sentimento de amor ou o mantém numa roda viva de defensividade contra qualquer vínculo real do coração, dentro de si mesmo e com relação ao mundo, é vital que você reúna coragem para ver o nível preciso de amor que você tem por si mesmo.
Se você descobrir que se oculta por trás de uma fortalesa de repressão e é uma vítima de pouca auto-estima, este é o momento de encarar esse fato e de ser profundamente honesto consigo mesmo.
Uma das principais áreas que nos moldaram para o amor condicional foram as interações com nossos pais, que são para o eu infante o próprio mundo. Os pais em geral nos exibem um amor que é quase todo condicional: se nos comportarmos adequadamente, somos recompensados; se, no entanto, agimos de uma maneira de que eles não gostam, o amor é aparentemente retirado. Isso costuma ocorrer sem má intenção; trata-se simplesmente dos pais pondo em prática aquilo que aprenderam com ensinamentos recebidos do mundo.
Todo pai, todo professor, toda instituição e todo governo tem de tomar consciência de como esse tipo de comportamento é prejudicial. Permanece no entanto o fato de que, para produzir uma mudança, temos de começar por nós mesmos, e, aqui isso significa extirpar da mente subconsciente os sistemas de crença deficientes, a pouca auto-estima e as ações e reações do ego negativo. Temos que aprender a amar a nós mesmos no exato lugar em que agora estamos, com todos os nossos aparentes defeitos, incapacidades e temores. Isso pode requerer algum trabalho, praticamente se você tiver uma opinião muito ruim acerca de si mesmo, mas estou aqui para lembrá-lo de que você é um filho divino de Deus. O amor é um direito inalienável do ser humano. O amor é quem e o que você é na essência. Assim comecemos a trabalhar com alguns instrumentos básicos para alterar a crença equivocada de que você possa ter com relação ao seu valor pessoal e ao amor por si mesmo, substituindo-a agora mesmo pelo reconhecimento de que você merece todo o amor do cosmos simplesmente porque existe.
O caminho da ascensão, Joshua David Stone. Ed. Pensamento.
imagem: Dinieper
Um comentário:
Nos amar com nossos defeitos e virtudes é um aprendizado também...
Quantas vezes por não gostar de algo em nós, abrimos as portas para que os olhos de outros nos vejam assim também...
Muito lindo esse ensinamento, Terezinha! Um ótimo dia, cheio de amor, Luz e Paz! beijos,chica
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