sexta-feira, 15 de maio de 2009

A Saúde do Planeta Terra e o Apocalípse...


A Saúde do Planeta Terra e o Apocalipse! 


O que isso tem a ver com a nossa saúde e com as nossas ações?
 
Recentemente recebi de presente do meu amigo e professor Dr. Francisco di Biase (Gran Ph.d,. neurocirurgião e neurocientista, medalha Albert Schweitzer de Ciência e Paz -Albert Schweitzer University - Suiça) o seu mais recente livro denominado “Caminhos para a Paz” em co-autoria com Mário Sergio F. Rocha. Este livro é prefaciado por outro Gran Phd. Prof. Alfonso Roldan Moré que diz entre outras passagens assim: “ As civilizações tem passado por guerras absurdas que somente respondem aos piores instintos do ser humano... Este mundo se corrompeu ao ponto de converter o desenvolvimento tecnológico em um cenário teatral onde vemos um falso mundo feliz ao passo que as diferenças entre países pobre e ricos aumentam assim como também as enfermidades. (foto da capa do livro).
Em um trabalho de conscientização pela saúde e paz na Terra que desenvolvi no início de 2004, o prof. Francisco di Biase participou e frisa o seguinte: ... Se a humanidade não parar de poluir os rios, de contaminar o solo, se não pararmos de destruir o meio ambiente, dentro de no máximo 15 anos as cadeias alimentares que sustentam os ciclos biogeoquímicos do planeta vão se romper de forma irreversível e isso culminará no fim da nossa espécie e de todas as formas de vida... (ouça a faixa 11 do CD PAX de Celso Makhara.
Na realidade isto já está acontecendo sutilmente. Na revista planeta, edição 380, ano 32, páginas 20 a 23 temos uma brilhante matéria de um outro grande amigo, escritor, jornalista, filósofo, e facilitador da UNIPAZ que entre vários assuntos ele relata o seguinte: Uma pesquisa secreta, coordenada pelo pentágono e entregue ao presidente George Bush, indica que o caos climático e ambiental estará instalado em todo o mundo a partir de 2007.
 
Outro pesquisador sério, médico, professor Dr. Marco Marcondes (Biomedicina Quântica, homotoxicologista) afirma o seguinte: ...hoje na medicina quem não pratica medicina ecológica não está fazendo medicina (entenda-se medicina ecológica a medicina que vê o ser humano como parte de um todo, junto ao meio ambiente a suas interações macro e micro orgânicas, respeito pela natureza, holismo). 
Visto o nível das informações acima relatadas e a sua procedência dispenso a hipótese e comentários sobre 'teorias'. Isto tudo é a dura realidade que já estamos vivenciando. O apocalipse bíblico não nos relata sobre estes tempos? Mas o que isto tudo tem a ver com a nossa saúde já que esta coluna trata deste assunto? Provavelmente nenhum outro jornal do país e do mundo tenha mostrado esse tema da forma e do nível técnico que eu organizei com exclusividade para vocês amigos e leitores.Caso você ainda não tenha compreendido, as linhas a seguir serão ainda mais surpreendentes. 
 
John Robbins, Dr. Michael Klapper e inúmeros outros pesquisadores americanos lideraram uma pesquisa ampla, científica e revolucionária nos Estados Unidos. Os dados que se seguem são frutos desta e de outras pesquisas e de mais de 15 anos dos meus estudos em naturopatia e holismo. São dados técnicos verídicos e chegam a ser impressionantes.
O Dr. Michal Klaper ficou muito impressionado ao examinar o sangue de um paciente que irira fazer ponte de safena. Ele verificou que o líquido que flutua sobre o sangue em um tubo de ensaio que normalmente é transparente e amarelado, estava viscoso e não transparente. Ele analisou o sangue e perguntou ao paciente o que ele havia comido. A resposta foi, X-Burguer e Milk Shake. Verificou que a substancia viscosa no sangue era fruto desta alimentação hipercalórica e gordurosa por mais de 30 anos. Verificou também que em todos os casos de morte na sua especialidade assim como em várias formas câncer, apresentavam o mesmo resultado no sangue: Gordura saturada e colesterol. Milhares de exames sempre com o mesmo resultado. Verificou ainda que no Japão o índice de câncer de mama é seis vezes mais baixo que nos E.U.A., e que tudo isso está relacionado com a alimentação rica em maior ou menor índice de gordura. Juntou-se a outro pesquisador, o Ph.d. Dr. Colin Campbell que dirige e coordena um dos estudos mais completos da história médica mundial em 'Alimentação X Doença'. Esse estudo foi realizado na China. Nele foram avaliados 367 itens e envolveu 6.500 pessoas.
Um dos fatores mais importantes que foram observados foi:
 
90% da proteína consumida na China é de origem VEGETAL.
70% da proteína consumida nos EUA é de origem ANIMAL.
 
A mensagem foi clara. Se você que reduzir o risco de câncer, de infarto, de AVC entre outros, coma menos carne, menos laticínio, menos gordura, e coma mais hortaliças, frutas e grãos. Bioquimicamente o excesso de gordura animal aumenta os níveis de hormônios favorecendo o câncer. Bem, até aqui nada de muito novo, porém, quem presta atenção nesses detalhes? Vamos continuando que o principal está chegando.
Você amigo leitor, tem idéia do que envolve a produção da carne e do leite? Vamos entender o que a 'linha de montagem' para produzir gado está fazendo.
David Pimentel, Ph.d. - Entomology, Cornell University, verificou que população de gado nos EUA é quatro vezes superior a população humana. Isto produz uma quantidade enorme de esterco, 1,6 bilhões de toneladas. Mais ou menos 3 toneladas de esterco para cada americano. Uma população de 20 mil animais produz uma quantidade de dejetos equivalente a cidade de São José dos Campos. Estes dejetos vão sendo depositados no solo, formando quilômetros de montanhas de esterco. Parte dele é absorvido pelo solo, contaminando os lençóis freáticos, parte vai para os rios, para os lagos, etc. Sofrem a ação do vento e são espalhados pelo ar, pelas nuvens, pelas chuvas contaminando a população. Isso não acontece apenas nos E.U.A, isso acontece em todo país que segue o sistema de alimentação americana, que é o caso do Brasil. 
Para lavar 20 mil gados leiteiros diariamente é necessário uma quantidade incalculável de água potável, de produtos desinfetantes, inclusive nitratos os quais também escoam para os rios e lençóis freáticos. Isto contamina a água que se bebe. O nível de problemas congênitos nos bebês é enorme nestas regiões. Para limpar a contaminação feita por uma fazenda com 20 mil gados seria necessário gastar de 70 a 100 milhões de dólares.
O que comemos tem um impacto direto na nossa saúde e na saúde das águas e do planeta. As conexões são totais. Quando os primeiros colonizadores chegaram nas Américas (e em qualquer outra região), a maior parte dos continentes estavam cobertas por florestas exuberantes e muito capim nas planícies. O céu era claro, a água pura e o sol brilhava no horizonte. Hoje ao sobrevoar estas mesmas terras vemos que a maioria das florestas e planícies não existem mais, desapareceram; agora pasmem, não para dar lugar às cidades e ao asfalto, mas para dar lugar a pastagens e plantações.
Daí você pode dizer: temos que plantar para sobreviver. Porém a resposta é que a maior parte do que plantamos não é consumida pelas pessoas, mas sim pelos animais.
 
80% - do milho é consumido pelos animais.
90% - da soja e da aveia são para os animais.
 
Que efeito isto tem no meio-ambiente? Pesticidas, herbicidas, fungicidas altamente tóxicos são comuns na agricultura, causando graves problemas ambientais. Os nitratos dos adubos e outros produtos que escoam para os lagos e rios fazem as algas crescerem descontroladamente, sufocando as outras formas de vida, já que consomem todo oxigênio. Assim temos lagos mortos, sem vida, sem peixes. É um desastre para toda forma de vida que depende deste ecossistema. Então veja a nossa parte nisso tudo. Se comêssemos menos carne teríamos:
- água mais pura
- menos agrotóxicos na comida
- menos impacto ambiental
- mais saúde
- um mundo mais saudável
Em regiões onde a chuva é rara, é necessário fazer um sistema de irrigação para levar água até as plantações e para o gado. Poucas pessoas sabem quanta água é utilizada na irrigação de forragem. Normalmente pensamos que a maior parte da água é consumida pelas pessoas, mas foi observado que em Los Angeles, com seus 12 milhões de habitantes e milhares de piscinas, o maior consumo de água é para irrigar pastagens. Na realidade é maior que o consumo de todo estado da Califórnia. Calculou-se que para produzir 500kg de carne que chegam ao açougue foi consumido água suficiente para fazer flutuar um navio 'Destroyer'. Veja o gráfico a seguir e reflita:
 
 
para produzir se gasta em água
500g de maçã 200 litros
500g de batata 100 litros
500g de carne 2 milhões de litros
 
dados fornecidos pela Universidade da Califórnia
 
 
Quando compramos 1Kg de carne, pensamos que o preço é X reais, porém a realidade o verdadeiro custo deveria englobar a enorme quantidade de água consumida, vastas áreas de terra devastadas, a contaminação dos ciclos que sustentam a vida, o custo ambiental, etc.
Se mudarmos nossa alimentação, comendo menos carne, haverá uma quantidade enorme de terra disponível para se fazer coisas maravilhosas. Pode-se reflorestar milhões de hectares, auxiliando inclusive no problema do aquecimento global. Florestas saudáveis seriam uma reserva permanente de madeira para construir casas. Fornecem oxigênio para o ar, retira o dióxido de carbono, estabiliza o solo, purifica a água, proporciona habitat para a flora e para a fauna, atrai o turismo. Resumindo, uma floresta saudável vale mais que capim com uma vaca em cima.
Teríamos uma redução drástica nos impactos ambientais, menos infartos, menos derrame, menos AVC, menos diabetes. Seríamos mais esbeltos, mais saudáveis e mais felizes. A natureza é uma comunidade, é um ser vivo e nós fazemos parte de tudo isso. A saúde na Terra e a vida da Terra está em nossas mãos.
 

Celso Zymon

imagem: google