Um pouco de nossa
caminhada em 2014
O
convite para participar do Geper chegou através de minha querida amiga Aida,
ainda no ano passado. Fiquei muito feliz. Não tinha a menor ideia de como
seriam esses estudos, nem do que tratava a Apometria, mas vim de mente e
coração abertos a novas aprendizagens. Ao chegar no grupo, fui recebida
carinhosamente e com muita amorosidade por todos.
Num
ambiente de alegria e bom humor estudamos com paixão, protegidos e amparados
pela força e pela grandeza de nossa egrégora, de Ramatis e de todos os amigos
espirituais que fazem parte dela.
Durante
o ano nos aventuramos, como consciências peregrinas que somos, na grandiosidade
do cosmos e de seus sistemas planetários, criados por Deus através da
transformação da energia primordial, e planificado carinhosamente pelos
Engenheiros Siderais para abrigar nossas centelhas de consciências em sua
jornada evolutiva.
Extasiamo-nos com a magnífica beleza do Sol, divina matriz da vida, que
generosamente nos doa gratuitamente energia, luz e calor, e torna irmãos todos
os seres do universo.
Aprendemos que, desde o princípio, do átomo ao arcanjo, na Natureza tudo
se encadeia. Como cita Ubaldi: “A respiração do átomo, dada pela respiração do universo;
a respiração do universo, dada pela respiração do átomo; uma criação sem fim,
sem limites, em que o espaço e o tempo são apenas propriedades de uma fase,
além da qual desaparecem; onde o relativo limitado, imperfeito, mas em evolução
e inexaurível no infinito, forma e iguala o absoluto.”
Deslumbramo-nos com o universo dos Logos, dos Arquétipos, dos Cristos,
dos Devas, dos Espíritos Operadores. Chegamos ao surgimento das Mônadas, ainda
incompreensível à nossa razão e imaginação, e sua incansável viagem cósmica
pelos degraus evolutivos dos Planos Monádico, Atma, Buddhi, Mental Superior,
Mental Inferior, Astral e Físico, assimilando de cada um os atributos
necessários à sua ascensão.
Vimos
que todas as formas de vida lutam por evoluir espiritualmente, assim como nós;
que a matéria nada mais é que energia condensada e que a massa de um corpo
existe em função da velocidade dos átomos que a compõem. Alargamos nossa mente
para além do plano físico, e percebemos que a distância que separa os seres nos
diversos planos não é uma distância espacial, e sim um modo diferente de
vibrar.
Conscientizamo-nos de que cada célula de nosso corpo contém em si todos
os aspectos adquiridos em todos os planos e reinos percorridos pela Mônada,
desde sua criação. Ao despertarmos no mineral, nossas consciências assimilam o
princípio da atração molecular. No vegetal, adquirimos a sensibilidade e a
percepção do mundo exterior. No animal, nosso corpo móvel é dotado de um
sistema nervoso que constitui uma delicada rede de comunicação interligando
todas as partes do corpo e controlado pelo cérebro. Nesta fase, aprimoramos
nossa sensibilidade, e iniciamos a desenvolver o instinto, a memória e a criar
defesas de subsistência.
Ao
completar seu ciclo no reino animal, ocorre uma profunda mudança que permitirá
à Mônada iniciar um novo ciclo direcionado à inteligência. Nosso Mental
Superior se transforma num vórtice que, girando vertiginosamente, atrai para
seu centro todas as forças e partículas que estão em derredor, surgindo, assim,
o Corpo Causal. E ingressamos no Reino Elemental. É o início da individualidade
e do Psiquismo. Será que fomos Duendes ou Fadas? Gnomos, Ondinas, Silfos ou
Salamandras?
Enfim,
a quintessenciada energia primordial vai se coagulando e entramos no Plano
Físico. Chegamos ao reino Humano, o reino da razão e da responsabilidade, e
encarnamos pela primeira vez usando um corpo de homem ou de mulher. Despertam
em nós os aspectos fixados nos planos anteriores: Vontade, Sabedoria,
Atividade, Pensamento e Sensação. Obscurece-se o animal e desperta o Homem. No
início, vivemos em sociedades primitivas e selvagens, até que chegamos ao homem
intelectualizado da era moderna, de pensamento crítico e inventivo.
Nessa
estrada infinita, a humanidade caminha em bloco, mas também podemos evoluir por
esforço próprio, amparados e conduzidos pelos Devas e seus auxiliares pelos
reinos deste Planeta. É necessário que passemos por todas as fases evolutivas:
do “ter” ao “ser”, do egoísmo ao altruísmo, do ilusório ao realístico, até
aprendermos a real mecânica da vida. Enquanto isso não acontecer,
defrontamo-nos com o pórtico do Carma e do Dever, em reencarnações sucessivas,
para que nossas consciências acertem as contas consigo mesmas.
Para o
Cosmo, não importa o tempo que consumimos nesse trajeto, pois tudo é um eterno
Presente, e a eternidade não pode ser medida. Nossos passos terão uma
velocidade maior à medida que nos libertarmos das ilusões da matéria.
A
partir daí, com os corpos Mental e Astral mais fortificados, encerramos nossa
fase humana, recolhendo-se a Mônada ao plano Mental. Com o corpo Mental bem
definido, não mais necessitará retornar à vida física e descerá apenas até o
plano Astral. Após concluir essa fase, ingressará na fase evolutiva
Super-Humana e assim, continuaremos, em infinitos ciclos, nossa viagem de volta
para casa.
Carmem Santos. Dez 14