Madre Teresa de Calcutá
“Ao ajudar o desenvolvimento dos outros, o teosofista
acredita que não está apenas ajudando-os a cumprir o Carma que é deles, mas que
também está, no sentido mais estrito, cumprindo o seu próprio Carma como
indivíduo. O que ele tem sempre em vista é o desenvolvimento da humanidade, do
qual tanto ele como os outros são partes integrantes. E ele sabe que qualquer
fracasso da sua parte em responder ao que há de mais elevado em si causa um
atraso não só para si mesmo, mas para todos, no avanço evolutivo. Por suas
ações, ele pode tornar mais difícil ou mais fácil, para a humanidade, alcançar
o próximo nível, mais elevado, de existência. (“A Chave Para a Teosofia”, H. P.
Blavatsky, capítulo 12; página 234 na edição da Theosophy Co., India.)
Deste modo, é através do cumprimento correto dos deveres da
vida, como um Sacrifício (Yajna) oferecido ao Eu Superior, o Eu de Todos, que o
verdadeiro devoto ingressa no caminho do serviço mais elevado a seus
semelhantes e a todos os seres, o caminho que produz harmonia, iluminação e
progresso espiritual para todos. À luz do conhecimento espiritual que surge em
nós através da devoção pelo Ser de todos os seres e do cumprimento do nosso
dever, começamos a identificar cada vez
mais claramente as maneiras, as motivações e os métodos de serviço altruísta
que produzem o maior bem para todos.
“Nós acreditamos na tarefa de aliviar a fome da alma, tanto
quanto, se não mais do que a fome do estômago”, escreveu H.P.Blavatsky.
Os sofrimentos e as dores do homem surgem de
pensamentos e ações baseados em idéias equivocadas da vida, porque ele tem que
colher o que plantou. O homem sábio, portanto, ao mesmo tempo que alivia a
aflição dos outros, sempre que as condições o permitem, também os ajuda, até
onde é possível, a alcançar uma perspectiva mais elevada da vida; a obter uma
base mais verdadeira de pensamento e ação e uma compreensão da sua
responsabilidade e do seu dever em relação aos seus semelhantes. Portanto, o
estudante que aspira a um verdadeiro serviço altruísta pela humanidade estará
sempre esforçando-se para preparar-se, através do estudo, da exemplificação e
do serviço, para ser mais capaz de ajudar e ensinar outras pessoas; e colocando
em prática, todo o tempo, as idéias teosóficas de compaixão, ensinadas e exemplificadas
pelos grandes professores e benfeitores da humanidade:
“Aja individualmente e não coletivamente; siga os preceitos
do Budismo do Norte: ‘Nunca ponha comida na boca de um faminto através das mãos
de outra pessoa’; ‘Nunca deixe que a sombra do teu próximo (uma terceira
pessoa) se coloque entre você e o objeto da sua generosidade’; ‘Nunca dê tempo
para que o sol seque uma lágrima antes que você o faça’. E também, ‘Nunca dê
dinheiro aos necessitados, ou comida para o sacerdote que a pede à sua porta,
através dos seus empregados, para que o seu dinheiro não diminua a gratidão, e
sua comida não se transforme em bílis.’ (“A Chave Para a Teosofia”, H.P.B.,
capítulo 12, pp. 241-242 da edição da Theosophy Company, Índia)
As idéias teosóficas sobre caridade significam um esforço
pessoal pelos outros; uma compaixão e amabilidade pessoais; um interesse
pessoal no bem-estar dos que sofrem; uma simpatia, uma previsão e uma
assistência pessoais em seus problemas ou necessidades. Nós, teosofistas, não
acreditamos em dar dinheiro ... através das mãos de outras pessoas ou
organizações. Acreditamos em dar ao dinheiro mil vezes mais poder e eficácia
através do nosso contato pessoal e nossa simpatia com aqueles que o
necessitam... porque a gratidão faz mais bem à pessoa que a sente, do que à
pessoa por quem ela é sentida.” (Ibid., p. 242 da edição indiana da Theosophy
Co.)
NOTA: [1]
Estas palavras entre aspas constam da
frase final da Declaração da LUT. (Nota do tradutor)
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