quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O LADO OCULTO DE BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES





O LADO OCULTO DE BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES

Talvez porque Walt Disney tivesse sido um maçon, ele escolheu esse conto com muito carinho.
Branca de Neve representa o ser iniciado, que nasce na terra. Três mulheres, são representadas neste conto.
A primeira, sua mãe, que morreu quando ela nasceu, levando com ela todo o passado, todas as lembranças, representa o esquecimento quando descemos a esse plano, o passado.
Branca de Neve o presente a ser vivido.
Sua Madrasta o futuro, o desafio, as provas por qual terá que passar.
O espelho é a consciência, na medida em que o tempo passa o corpo físico se degrada, esse confronto é inevitável: “Espelho, espelho meu, existe alguém mais bela do que eu”, O espelho sempre responderá:
- VOCÊ ONTEM, porque hoje estou mais velho, amanhã mais.
A Madrasta resolve mandar matar Branca de Neve, quer o seu coração, como prova da morte da pureza, da inocência, e Branca de Neve então foge pela floresta, se ficasse no seu castelo, não descobriria seu interior, começa a iniciação, pois a floresta representa o INTERIOR de cada ser. Vai lidar com os seus medos, vai passar pela noite escura da alma.
Neste caminho ela vai encontrar todos os elementos da natureza, e lidar com suas energias representadas por SETE ANÕES.
Os anões são os centros vitais de forças, os CHAKRAS.
O MESTRE representa o CHAKRA CORONÁRIO, ele é o chefe, a consciência espiritual;
O ZANGADO representa o CHAKRA FRONTAL, pois ele é racional, se baseia na lógica e no raciocínio, intelecto;
O FELIZ, representa o CHAKRA LARÍNGEO, é o mais gordinho, tem relação com as glândulas tireoide, é comunicativo, alegre;
O DENGOSO, representa o CHAKRA CARDÍACO, é sentimental, emotivo, chorão, apaixonado;
O SONECA, representa o CHAKRA UMBILICAL, o inconsciente, instinto primitivo, o sono, emoções inferiores;
O ATCHIM representa o CHAKRA ESPLÊNICO (sexual), é o chakra responsável pelo filtro das energias nos órgãos sexuais, também responsável pelas alergias, ansiedades.

O DUNGA representa o CHAKRA RÁDICO, BÁSICO, RAIZ, representado pela inocência, pelo principio, o menino, o inicio da coluna vertebral, é o chakra dos instintos.
Na relação da história, Dunga foi o primeiro a ver Branca de Neve. Nota-se no conto que o Mestre é quem lapida as pedras preciosas. O Mestre confunde as palavras quando fica nervoso, é uma das características do Chakra Coronário quando estiver em mal funcionamento a confusão, o atrapalhamento das ideias.
A Branca de Neve conquista os Sete Anões, domina o Sete Mágico, domina os chakras.
O sete é também por excelência o número vibracional da mudança. Isso atrai para si, um confronto derradeiro, o lado negro surge trazendo o desafio crucial do interior.
A bruxa representa esse lado negro, oculto, essa força inconsciente.
A maçã o CONHECIMENTO. Provar o conhecimento significa morrer, dentro do esoterismo isso significa a MORTE INICIÁTICA.
Os anões a colocam num caixão de vidro, significando que ela está presa em si mesmo.
Surge então o Cavaleiro, uma figura até então indiferente na história, ele significa a energia masculina, a PINGALA, a energia Kundalini positiva, a ação, fazendo uma analogia com o Tarot, o cavaleiro é o carro, o caminho, a carta número 7, símbolo do fogo.
O beijo é o encontro da energia branca, negativa (Lua), feminina chamada de IDA da Kundalini, com a energia do fogo (Sol) Intimidade com o corpo, prazer.
Intimidade com o corpo, prazer.
E quando isso acontece O SER DESPERTA, ascende, transcende, conquista a si mesmo, levanta, se torna INTEGRAL.
Assim fecha a história da saga humana, um horizonte de luz, com um castelo nas nuvens. Um arco íris com um pote de ouro no final.
O “E FORAM FELIZES PARA SEMPRE” não é uma visão míope e boba do amor romântico, mas a descrição do momento em que o homem vence seus próprios defeitos e apossa-se do que tem de mais puro e belo: sua alma. (Ascenção)

Fonte: internet
imagem: Google

sábado, 8 de setembro de 2012




A Humanidade Está Em Construção



A Vida Tal Como a Conhecemos é Apenas a
Matéria-Prima Para a Vida Como Ela Pode Ser

 S. Radhakrishnan
00000000000000000000000000000000000000000
Publicado pela primeira vez em 1939, o texto a seguir [1] expressa adequadamente a visão de futuro 
da filosofia esotérica autêntica. S. Radhakrishnan descreve a fraternidade planetária como o futuro natural
da nossa humanidade. Ele sugere que a auto-disciplina e a auto-responsabilidade são parte do caminho para uma vida comunitária que tenha como base a sabedoria. Nascido em setembro de 1888, Sarvepalli Radhakrishnan foi o primeiro vice-presidente e o segundo presidente da Índia após a independência. Ele escreveu diversas obras importantes sobre as filosofias da Índia, e ajudou a expandir a ponte intercultural entre as tradições do Oriente e do Ocidente. Os livros de Radhakrishnan - entre eles The Principal Upanishads”, “An Idealist View of Life” e “Indian Philosophy” (este em dois volumes) - têm
numerosos elementos em comum com a teosofia original de Helena Blavatsky. Além disso, Sarvepalli Radhakrishnan fez oposição às guerras e às armas nucleares. Ele defendeu o fim das castas e mesmo das classes sociais na Índia. Amigo pessoal do Sr. B. P. Wadia - um dos principais líderes da Loja Unida de Teosofistas [2] - S.Radhakrishnan foi um verdadeiro estadista. Ele sabia que o nosso planeta é uma comunidade
sem fronteiras, cuja evolução ocorre através da lei da ajuda mútua.
(Carlos Cardoso Aveline)
00000000000000000000000000000000000000000000000000000
As verdades fundamentais de uma religião espiritual são duas: 1) o nosso verdadeiro eu é o ser supremo, que devemos descobrir, e no qual devemos transformar-nos; 2) este ser supremo é o mesmo em todos.
Quando uma alma encontra a sua essência, ela não é mais consciente de si como um ser isolado. Ela passa a ser consciente da vida universal, da qual todos os indivíduos, raças, e povos são apenas variações.
Um impulso único anima todas as aventuras e aspirações do ser humano. A experiência da alma que percebe a sua unidade essencial com todos os seres está expressa nas palavras “eu faço parte de você e você faz parte de mim”. [3]
A fraternidade é vida; a falta de fraternidade é morte. Não podemos escapar da solidariedade secreta da raça humana. Ela não pode ser abolida pelas insanidades passageiras do mundo. Aqueles que buscam viver em paz com os membros da sua própria espécie e com todos os seres não aceitam, satisfeitos, o massacre de milhares de seres humanos, usando como desculpa o fato de que eles não pertencem à sua raça ou seu país. Trabalhando a partir de uma visão mais ampla, que tudo abrange, eles ignoram os modos artificiais de viver que nos seduzem e nos afastam das fontes naturais da vida. 
Nossas atitudes cotidianas diante de outros povos e nações são máscaras artificiais, hábitos mentais e emocionais laboriosamente cultivados através de um longo exercício da dissimulação. A natureza social do ser humano é distorcida e assume formas estranhas devido ao veneno que é colocado em seu sangue e que o transforma em um animal feroz. O racismo e o nacionalismo, que nos estimulam a exacerbar nossos sentimentos mais inferiores, a ameaçar e enganar, a matar e saquear, tudo com um sentimento de que somos profundamente virtuosos e estamos cumprindo a vontade de Deus, são ideologias abjetas para os que estão espiritualmente despertos.  Estes sabem que todas as raçase nações vivem sob a mesma abóboda celeste. Eles proclamam uma nova relação social e buscam construir uma nova sociedade com liberdades civis para todos os indivíduos, e com liberdade para todas as nações, grandes e pequenas.
Uma Meta Elevada e uma Decisão Estável
Não podemos ficar desanimados com o colapso de uma civilização construída sobre a audácia da dúvida especulativa, sobre o impressionismo moral e o entusiasmo confuso e feroz por raças e povos, porque tal civilização tem em si elementos anti-sociais e anti-éticos, que merecem ser destruídos.
Uma tal civilização não está planejada para priorizar o bem da humanidade em seu conjunto, mas para garantir a comodidade de alguns poucos privilegiados, entre os indivíduos, e entre as nações. Tudo o que for realmente valioso será preservado no novo mundo que está lutando por nascer.
Apesar das aparências, vemos na atual inquietação do mundo o surgimento gradual de uma grande luz, a confluência de esforços vitais, uma compreensão crescente de que há um espírito secreto no qual todos vivem em comunidade, e do qual a humanidade é o mais alto instrumento na Terra.
Há um desejo crescente de expressar esse conhecimento e de estabelecer um reino do espírito na Terra. A ciência produziu os meios necessários para o transporte fácil de seres humanos e a comunicação do pensamento. Intelectualmente, o mundo está unido por uma rede de ideias comuns e conhecimento recíproco.
Até mesmo obstáculos como os dogmas religiosos já não são tão fortes como eram no passado. O progresso do pensamento e da visão crítica está ajudando as diferentes religiões a fazerem soar a nota da verdade eterna e universal, a verdade do espírito. Esta é a verdade que a vida busca e obedece, e através dela a vida encontra a felicidade em todos os tempos e lugares. 
Somos capazes de ver mais claramente que a verdade de uma religião não está no que é especifico e exclusivo dela, nem é a mera letra morta da lei, na qual os sacerdotes procuram insistir, e pela qual os fiéis estão dispostos a lutar. A verdade está naquilo que cada religião é capaz de compartilhar com todas as outras. A compreensão suprema que a humanidade deve alcançar de si mesma e do mundo só pode ser alcançada através dos valores que são humanos e universais.  
A humanidade ainda está em construção. A vida tal como a conhecemos é apenas a
matéria-prima para a vida como ela pode ser. Estão ao alcance da nossa espécie uma plenitude e uma liberdade até aqui inéditas. Basta unir-nos como seres humanos e avançar com uma meta elevada e uma decisão estável.
O Poder dos Indivíduos
O que se necessita não são declarações solenes e programas de ação, mas o poder do espírito nos corações humanos, um poder que nos ajudará a disciplinar nossas ações e libertar-nos da cobiça e do egoísmo, e a organizar o mundo que desejamos.
NOTAS:
[1] Traduzido do volume “Eastern Religions and Western Thought” (“Religiões Orientais e Pensamento Ocidental”) de S. Radhakrishnan; primeira edição, 1939, Oxford University Press; Third impression, Oxford India paperback, 1989, 396 pp., ver pp. 32-34.
[2] A amizade entre o estadista e o teosofista está registrada no texto “B.P. Wadia, a Life of Service to Mankind”, do Sr. Dallas TenBroeck, que pode ser encontrado na seção temática  “Learning from Example: The Lives of Some Theosophists and Sages”, em www.TheosophyOnline.com e  www.FilosofiaEsoterica.com .
[3] Há aqui uma alusão indireta à tradicional saudação indiana “Namastê”, que significa: “O ser divino em mim saúda o ser divino em você.”
00000000000000000

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

A Ecologia da Mente...



A Ecologia da Mente
Meios Para Encontrar a Harmonia Interior

Carlos CardosoAveline

O equilíbrio ecológico é apenas a fraternidade, a harmonia, e a relação de causa-e-efeito unindo as diferentes formas de vida nos vários reinos da natureza. Mas sou humano, tenho muito por aprender, e é correto que me pergunte:
“Será possível viver de fato a fraternidade no dia-a-dia da sociedade que me rodeia hoje? Como posso  viver uma ecologia interior, harmonizando-me com a vida humana em geral, aqui e agora, por meu próprio mérito e esforço e  sem impor condições prévias aos outros?
Algumas idéias básicas podem ser úteis na tentativa de viver a ecologia da mente e de ser igualmente fraterno para com todos.

1 ) Em primeiro lugar o erro alheio não deve fazer com que eu me sinta autorizado, nem remotamente, a errar da minha parte. Perceber um erro não justifica outro.A verdadeira auto-estima não surge da comparação em que se atribui desvantagem aos outros. A satisfação com o erro alheio é muitas vezes uma fuga de nossas próprias frustrações, e deve ser vencida pela observação atenta do mecanismo da inveja e da competição.

 2 ) O erro alheio não deve causar excessiva indignação. Pode-se combater o erro alheio, especialmente quando ele tem conseqüências negativas sobre os inocentes. Mas a indignação excessiva nos cega e tira a serenidade.  É preciso combater o erro, não a pessoa que errou. E a indignação exagerada diante do erro pode ser um disfarce da inveja. Perde-se muita energia com indignação emocional diante dos erros alheios.  Em alguns casos, estes erros são inclusive imaginários, no todo ou em parte.  O excesso de indignação é uma energia que seria melhor empregada no nosso próprio auto-aperfeiçoamento. Esta última tarefa é algo que ninguém pode fazer por nós.

3 ) Saber ouvir a crítica aos nossos  próprios erros.Ouvir os outros, em geral, já é difícil. Ouvir uma crítica  a nós é mais difícil ainda. Inconscientemente, gostamos de supor que somos infalíveis. É preciso ouvir de fato as críticas dirigidas a nós. São verdadeiras?  Então é  preciso coragem para mudar. São falsas? Depois de um exame honesto, neste caso, devemos deixar que a crítica injusta entre por um ouvido e saia pelo outro.

4 ) Não devo enxergar erros alheios onde eles não existem.Muitos erros alheios são miragem e alucinação. É cômodo transferir para fora pontos fracos nossos, ou exagerar  as falhas dos outros para poder chegar à conclusão de que somos perfeitos, e apenas o mundo é que – injustamente – não nos compreende
.
5 ) Devo fazer o bem. Não basta manter-me livre tanto do mal quanto do sentimento de raiva contra o mal. É preciso também fazer coisas boas, duráveis, equilibradas. E isto não só no aspecto pessoal, como também na dimensão familiar, social e política. Porque não há muros dividindo um setor e outro da nossa vida. Não é a crítica que elimina o mal, mas a prática firme e paciente do bem, por parte de quem procura ter o máximo de discernimento diante da vida.

6 ) Devo tornar acessível aos outros a prática do equilíbrio e da harmonia. Em casa, no trabalho, na convivência com pessoas e animais, devo colocar ao alcance de todos alguns mecanismos simples, pelos quais a fraternidade humana possa manifestar-se. Isto será eficaz na medida da simplicidade pessoal com que for feito. Deve ser algo natural. Se não estiver ocorrendo, todo o processo precisa ser repensado, porque está faltando algo importante.

7 ) Ter uma meta e um programa definidos para minha vida. A vida de uma pessoa é algo demasiado importante para perder-se em meio aos problemas e ilusões diárias, lembranças de ontem e esperanças para a semana que vem. Quais são os meus objetivos existenciais? De que forma  pretendo fazer da minha vida algo realmente significativo e útil? O que desejo aprender – e realizar – até os 90 anos de idade? São perguntas importantes. E não é por casualidade que, quando enfrentadas, acabam conduzindo aos outros seis pontos abordados anteriormente. O sétimo ponto é, de certa forma, o primeiro.
Assim, a ecologia da mente está presente em nossos relacionamentos e vida diária, em nossos pensamentos e emoções. Antes de olharmos o ecossistema externo, é bom olharmos para o nosso conteúdo interior. Estaremos sendo ecologicamente corretos nos campos das relações humanas?

00000000000000000000000
O texto acima corresponde ao capítulo quatro da obra “Apontando Para o Futuro”, Carlos Cardoso Aveline, Ed. PrajnaParamita, Porto Alegre, 1996
00000000000000000000000000000000000000000000
Veja o livro “A Vida Secreta da Natureza”, de  Carlos Cardoso Aveline, Terceira Edição, Ed. Bodigaya, 2007, 158 pp. Visite www.bodigaya.com.br



imagem: Google