sábado, 23 de julho de 2011
O Significado da Paz
domingo, 17 de julho de 2011
Toda Natureza é Consciente!
Toda Natureza é Consciente
A psicologia “moderna” mantém uma triste ilusão antropocêntrica: a ilusão segundo a qual o ser humano é o dono exclusivo da consciência.
Assim como outras áreas de conhecimento científico, a psicologia convencional parte da premissa de que o universo é inconsciente. Ela pensa que o mundo vegetal também é inconsciente. Ela vai além e considera que o mundo animal é inconsciente, e que o próprio ser humano é, amplamente, governado por algo que ela insiste em chamar de “inconsciente”.
O que vemos nesta situação é uma forma estreita de consciência imaginando que só ela própria é consciência, e que tudo o mais no universo é destituído de inteligência.
A arrogância − neste caso − é diretamente proporcional à ignorância. Em pleno século 19, H.P. Blavatsky escreveu:
“A ordem inteira da natureza evidencia uma marcha progressiva em direção a uma vida mais elevada. Há um planejamento na ação das forças aparentemente mais cegas. Todo o processo de evolução, com suas adaptações intermináveis, é uma prova disso. As leis imutáveis que eliminam as espécies fracas e frágeis, abrindo espaço para as fortes, e que asseguram ‘a sobrevivência do mais adaptado’, embora sejam cruéis na sua ação imediata − trabalham todas em função daquela grande meta. O próprio fato de que ocorrem adaptações, e que os mais adaptados realmente sobrevivem na luta pela existência, mostra que o que é chamado de ‘Natureza inconsciente’ constitui na verdade um agregado de forças manipuladas por seres semi-inteligentes (Elementais) guiados pelos Espíritos Planetários Superiores (Dhyan Chohans), cujo agregado coletivo forma o verbum manifestado do LOGOS imanifestado, e constitui ao mesmo tempo a MENTE do Universo e a sua LEI imutável.” [1]
E H.P. Blavatsky acrescenta, na edição original do texto, a seguinte nota de rodapé:
“Tomada em um sentido abstrato, a Natureza não pode ser ‘inconsciente’, porque ela é a emanação da consciência ABSOLUTA e portanto é um aspecto desta (no plano manifestado). Onde está o homem suficientemente audaz para pretender negar que a vegetação e mesmo os minerais têm uma consciência própria e peculiar? Tudo o que ele pode dizer é que esta consciência está além da sua compreensão.”
Esta é mais uma evidência no sentido de que, segundo a teosofia, não há matéria morta no universo, e a consciência universal permeia tudo o que existe. Em seu livro “A Lei do Triunfo”, Napoleon Hill escreveu sobre a inteligência presente em cada célula orgânica, e ligou este fato a certos hábitos de alimentação:
“As células de toda vegetação, bem como as da vida animal, são dotadas de um elevado grau de inteligência. (...) Pelo fato de que muitas formas animais (inclusive o homem) vivem de devorar os animais menores e mais fracos, a ‘inteligência celular’ desses animais que entram no homem e se tornam parte dele traz consigo o medo nascido da experiência de ter sido comida viva.” [2]
De fato, a literatura teosófica ensina que comer carne − isto é, comer cadáveres de animais − é algo que embrutece o ser humano, e este embrutecimento começa pelo nível da inteligência celular. Napoleon Hill aborda a interação entre as emoções e os órgãos digestivos do ser humano:
“Sabe-se que os aborrecimentos, as emoções ou os temores interferem com o processo digestivo e, em casos extremos, detêm inteiramente este processo (.....). É claro, pois, que o espírito cumpre um papel na química da digestão e da distribuição dos alimentos” [3]
Napoleon Hill discute a relação entre o estado de espírito do indivíduo e a inteligência celular do seu corpo físico:
“A preguiça não é mais do que o resultado da ação de uma mente pouco ativa sobre as células do corpo. (.....) As células agem de acordo com o estado mental, exatamente da mesma maneira como os habitantes de uma cidade agem de acordo com a psicologia da massa que a domina. Se um grupo de cidadãos eminentes procura fazer com que a cidade adquira a reputação de ‘progressista’, esta ação influencia a todos os que vivem ali. Uma mente ativa e dinâmica conserva as células do corpo em constante estado de atividade.” [4]
E ainda:
“Os pensamentos dominantes na nossa mente − ou seja, os pensamentos mais profundos e freqüentes que nos vêm − influenciam a ação do nosso corpo. Cada pensamento posto em ação pelo cérebro atinge e influencia todas as células do corpo.” [5]
Não existem, portanto, coisas ou seres inconscientes. Existem apenas seres e objetos cuja consciência nós ainda somos incapazes de perceber. Em algum momento, a psicologia convencional terá que adequar-se à verdade dos fatos e ir além da pretensão darwinista do século 19, segundo a qual a única forma existente de consciência é a consciência verbal do hemisfério cerebral esquerdo do ser humano, aquela consciência que rotula e classifica, e que julga o futuro com base no passado.
Na verdade, toda natureza é consciente, embora nem todos os seres tenham a consciência individualizada, ou percepção auto-consciente. Além disso, é importante saber que a percepção auto-consciente – de acordo com o budismo e a filosofia esotérica – é também uma forma de ilusão, de maya. Para que se alcance a sabedoria, ela deve ser transcendida, ao mesmo tempo que é preservada como instrumento.
O hemisfério cerebral esquerdo é útil, mas as inteligências das outras áreas cerebrais também devem ser usadas. (Um Estudante de Teosofia)
NOTAS:
[1] “The Secret Doctrine”, Helena P. Blavatsky, “Theosophy Company”, Los Angeles, volume I, pp. 277-278. Na edição da Ed. Pensamento, SP. Ver “A Doutrina Secreta”, vol. I, pp. 308-309.
[2] “A Lei do Triunfo”, de Napoleon Hill, José Olympio Editora, RJ, 18ª Edição, 1997, 736 pp., ver p. 132.
[3] “A Lei do Triunfo”, obra citada, p. 58.
[4] “A Lei do Triunfo”, obra citada, p. 609.
[5] “A Lei do Triunfo”, obra citada, p. 614.
Fonte: Boletim O TEOSOFISTA, Agosto 2009.
sexta-feira, 15 de julho de 2011
Trabalho Inútil...
“Um velho monge e um jovem monge estavam andando por uma estrada quando chegaram a um rio que corria veloz. O rio não era nem muito largo nem muito fundo, e os dois estavam prestes a atravessá-lo quando uma bela jovem, que esperava na margem, aproximou-se deles. A moça estava vestida com muita elegância, abanava o leque e piscava muito, sorrindo com seus olhos muito grandes.
– Oh – ela disse -, a correnteza é tão forte, a água é tão fria, e a seda do meu quimono vai se estragar se eu o molhar. Será que vocês podem me carregar até o outro lado do rio?
E ela se insinuou sedutora para o lado do monge mais jovem.
O jovem monge não gostou do comportamento daquela moça mimada e despudorada. Achou que ela merecia uma lição. Além do mais, monges não deveriam se envolver com mulheres. Então, ele a ignorou e atravessou o rio. Mas o monge mais velho deu de ombros, ergueu a moça e a carregou nas costas até o outro lado do rio. Depois os dois monges continuaram caminhando pela estrada.
Embora andassem em silêncio, o monge mais novo estava furioso. Achava que o companheiro tinha cometido um erro ao ceder aos caprichos daquela moça mimada. E, pior ainda, ao tocá-la tinha desobedecido às regras dos monges. O jovem reclamava e vociferava mentalmente, enquanto eles caminhavam subindo montanhas e atravessando campos. Finalmente, ele não agüentou. Aos gritos, começou a repreender o companheiro por ter atravessado o rio carregando a moça. Estava fora de si, com o rosto vermelho de tanta raiva.
– Ora, ora – disse o velho monge. – Você ainda está carregando aquela mulher? Eu já a pus no chão há uma hora.
E, dando de ombros, continuou a caminhar.”
Fonte: Contos Budistas, Editora Martins Fontes, uma coletânea de contos extraídos de várias culturas asiáticas, recontados por Sherab Chödzin e Alexandra Kohn, ilustrações de Marie Cameron.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Assédio da Luz, assédio das Sombras...
Assédio da Luz, assédio das Sombras...
No momento atual da humanidade, já sabemos, já lemos e já experienciamos que todos somos assediados espiritualmente. Esse assédio pode ser por parte da Luz ou das Sombras.
A nossa sintonia pessoal, a qual é construída com base nas nossas emoções, pensamentos, sentimentos e atitudes, determinam o que vamos atrair: assedio da luz ou das sombras. Mesmo assim, ainda podemos estar sintonizados em vibrações nobres e sermos assediados pelas sombras, como também podemos estar sintonizados em condições precárias a ainda assim, sermos assediados pelos seres de Luz.
Quando o assédio é feito por seres destituídos de amor e respeito, sem fins de moral elevada, os consideramos obsessores.
Quando o assédio é feito por seres com objetivos elevados, sintonizados com o bem maior, os consideramos como amparadores, guias, mentores ou amigos espirituais.
Pela natureza da vida sabemos, a interação entre plano espiritual e plano físico é tão íntima como a relação do ovo e da sua casca, pois estão intimamente ligados. Um existe para que o outro exista, portanto estão interagindo o tempo todo.
O plano físico e o plano espiritual coexistem no espaço de nossa existência, ou seja, não temos como bloquear essa interação, mas temos como trabalhar no sentido de fazer com que essa “troca” seja a mais saudável possível.
Não há como evitar, o assédio espiritual é constante, atuante, exatamente como o ar que respiramos. A nossa escolha é se respiraremos um ar puro ou poluído, que na prática quer dizer, se nossa sintonia será estabelecida com os assediadores do bem ou do mal.
Agora, nesse exato momento que você lê esse texto, você está naturalmente em sintonia com o plano espiritual, então faça uma oração de coração aberto, receptivo, com intenção pautada no amor, para que os seres de luz venham até você e lhe inspirem os melhores valores e sentimentos. Só isso basta por hora!
Então silencie a mente e sinta a melhoria no seu padrão vibracional, pois sua energia pessoal melhorará em instantes. Se você gosta de testar tudo na prática, então avalie agora e veja os resultados.
O mais importante é que saibamos definitivamente, que quando agirmos com descaso, sem consciência, sem atenção a princípios e valores de elevada moral, pautados no amor, no equilíbrio, no respeito e na regra de ouro* presente em todas as religiões, como consequência natural, seremos assediados pelo lado sombra da existência espiritual.
Quanto mais assédio do mal, mais medo, mais egoísmo, mais distração consciencial, mais doença, mais ignorância.
Quanto mais assédio do bem, mas coragem, mais altruísmo, mais prosperidade, mas consciência espiritual e mais alegria de viver.
Não precisamos enxergar, ouvir ou ver o assédio da luz para que ela aja em nossas vidas, assim como não precisamos ver a energia elétrica para que ela atue, bem como não precisamos ver o ar para respirá-lo. Entretanto, de forma simples e objetiva, precisamos focar nossos pensamentos e atitudes no sentido do bem maior, para desfrutarmos de assédios espirituais de seres de elevado quilate moral, e dessa forma recebermos as bênçãos que é viver nessa sintonia. É simples, é fácil e é transformador viver com essa atenção e essa consciência.
*Regra de ouro: não faça para o seu próximo o que não gostaria que lhe fizesse e ame seu próximo como a ti mesmo.
por: Bruno J. Gimenes - orientado espiritualmente por Cristopher
http//:brunojgimenes.luzdaserra.com.br